Portas e os submarinos: "Fomos insultados, difamados e atacados"
Paulo Portas entende que durante dez anos o partido, ele próprio e os militantes e funcionários do CDS foram "insultados, difamados e atacados" por causa do processo dos submarinos.
Na sua mensagem de ano novo, divulgada esta quinta-feira, e falando pela primeira vez sobre o arquivamento do processo pelo Ministério Público, o presidente centrista quis "sublinhar, porque não terá sido suficientemente foi dito, que o despacho do Ministério Público conclui que não houve favorecimento a nenhum dos concorrentes; que não há qualquer fundamento para exercer ação penal contra o então ministro da Defesa Nacional [Paulo Portas]; e que as comissões comerciais, ou pagamentos entre empresas, têm nomes e têm números, sem qualquer relação com a política, não tendo existido qualquer benefício para o Partido ou para os seus dirigentes".
Num tom zangado, em três parágrafos, o vice-primeiro-ministro afirma que "ao longo desses dez anos", aguentaram - o verbo é seu - "tudo com uma assinalável sobriedade". "Porque acreditamos na separação entre o que é Política e o que é Justiça, e porque sabíamos, desde o primeiro dia, que nenhuma das suspeitas lançadas era verdadeira", justifica-se.
O CDS, "os seus dirigentes, os seus funcionários e eu próprio", aponta, foram "insultados, difamados e atacados, sempre sob a forma de insinuação e sem qualquer respeito pela independência e pela verdade da investigação judicial".
Sem nomear nem concretizar, Portas diz que, para alguns dos seus adversários "nunca foi a Justiça que esteve em causa: combatem o CDS de qualquer forma e de qualquer jeito". Afinal, acusa, "nunca quiseram o CDS no regime, e querem o CDS fora do Governo".